Eu e a minha mãe somos os únicos ocupantes do veículo. Não dizemos
nada, apenas a rádio faz com que o ambiente seja razoável. Vou o caminho todo à
janela, mas não me agrada nada do que vejo.
Já ninguém sai para socializar com ninguém, já ninguém vai simplesmente apanhar ar puro, espairecer, refletir, estar consigo próprio um pouco. Limitam-se a estar em casa, fechados,
sentados em frente à TV, ou agarrados às novas tecnologias, sem repararem no
que está a acontecer lá fora.
Chego a casa como saí. Calado, mudo e com um objetivo como
todos nós nos tempos de hoje. Mas não me apetece falar. Apenas fico, eu, aqui...
Sérgio Cruz
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